História
Na segunda metade do século XVIII, estava ainda despovoado o território que hoje constitui o município de Três Pontas. Havia somente dois quilombos na região.
Publicado em 05/02/2010 09:00 - Atualizado em 02/12/2024 11:08
Clube Trespontano - Decada de 40
Na segunda metade do século XVIII, estava ainda despovoado o território que hoje constitui o município de Três Pontas. Havia somente dois quilombos na região.
Avenida Ipiranga -1938
A tradição atribui ao sesmeiro Bento Ferreira de Brito a fundação de Três Pontas. A 3 de outubro de 1774, ele requereu a demarcação de sua sesmaria, sendo, na mesma ocasião, demarcado o patrimônio da Capela de Nossa Senhora D'Ajuda, padroeira da povoação nascente.
Com o elevado índice de natalidade entre os primeiros habitantes, e também com a vinda de novos moradores, cresceu o arraial nascente e, a 14 de julho de 1832, foi criada a freguesia de Três Pontas e nomeado Vigário da nossa paróquia o Padre Bonifácio Barbosa Martins, falecido em 1852.
Três Pontas recebeu o título de cidade em 3 de julho de1857 e hoje com mais de 55 mil habitantes é um grande centro industrial e agropecuário que se destaca por sua grande produtividade na cafeicultura. O município, distante 282 km de Belo Horizonte, é o maior produtor nacional de café.
Praça Tristã0 Nogueira - Antiga Praça do Rosário
O Patrimônio Histórico Cultural reserva aos visitantes um resgate a época áurea dos barões do café. Ainda é possível encontrar pela cidade exemplares da arquitetura antiga com casarões, igrejas, entre outros.
A cidade revelou dois artistas que tramitam entre os mais conceituados da música popular brasileira: Wagner Tiso e Milton Nascimento que no disco Geraes (um dos maiores movimentos do "Clube da Esquina") imortalizou, com seu desenho, a Serra de Três Pontas.
Cônego José Maria Rabello
20 de maio nascimento e morte do sucessor de Padre Victor
Fachada atual da igreja de Nossa Senhora Aparecida construida pelo Cônego José Maria Rabello
O Cônego José Maria Rabello foi o sucessor de Padre Victor na paróquia de Três Pontas. Antes foi vigário das paróquias de Bom Sucesso, Guaxupé, Santa Rita do Sapucaí, e da Matriz da Boa Viagem em Belo Horizonte. Filho do Coronel Antônio José Rabello Campos (Rabelinho) dirigiu durante mais de 20 anos o Jornal "Estrella Mineira", fundado pelo seu pai. De 1903 a 1906 foi presidente da Câmara Municipal (cargo que corresponde hoje ao de prefeito municipal). Além de várias doações importantes e melhoramentos, construiu com recursos próprios a autal Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida, onde foi sepultado e anos depois transladado para a cripta da Matriz de Nossa Senhora D'Ajuda. O mês de maio foi marcante em sua vida. Nasceu em 20 de maio de l848, ordenou-se em 3 de maio de l873 e morreu no dia em que completou 74 anos, em 20 de maio de 1922
Festa da Padroeira de Três Pontas
Devotos de Nossa Senhora D'Ajuda comemoram todo mês de maio.
Matriz de Nossa Senhora D'Ajuda na Praça Cônego VIctor.
Com início no dia primeiro e se estende até o dia 31 de maio, mês consagrado a mãe de Deus, a festa da Padroeira de Três Pontas Nossa Senhora D'Ajuda. Por iniciativa do Padre Roberto Donizete de Carvalho, a imagem da Padroeira deixa o Altar Mor da Igreja Matriz para visitar as famílias da cidade. Diariamente é rezada a missa com grande participação de fiéis. Em Três Pontas o culto a Nossa Senhora D'Ajuda vem do ano de 1768, quando foi erguida uma capela na Fazenda Taquaral, entre a Serra de Três e o Rio Sapucaí, hoje a praça Cônego Victor, a pedido dos povoadores locais ao bispado de Mariana. Pela importância histórica e cultural da devoção a Padroeira de Três Pontas, é que registramos a data de 24 de maio como de grande significado para a população, especialmente os católicos. Hoje a imponente Matriz, na praça Cônego Victor é motivo de orgulho dos trespontanos, bem como um bonito cartão de visitas da cidade. Numa feliz coincidência o dia 24 de maio é a data do aniversário de nascimento da ex prefeita Adriene Barbosa de Faria Andrade, a quem adiantamos os nossos cumprimentos.
Monsenhor João Batista da Silveira ( Padre João)
Um dos maiores benfeitores de Três Pontas
Mons. João Batista da Silveira
Nascido em Monsenhor Paulo, em 5 de maio de 1889, é trespontano por adoção e mereceu em vida o título de cidadão, pela sua figura humana e obras marcaram os corações agradecidos dos trespontanos. Veio para Três Pontas como coadjuntor do Cônego José Maria Rabello, com a morte deste, assumiu a Paróquia de Três Pontas. Por longos e longos anos paroquiou com firmeza, inteligência e acima de tudo, impregnado de espírito altruísta. Amparou crianças, adolecentes, jovens e idosos, foi um dos grandes benfeitores da nossa cidade, construiu capelas em fazendas e distritos,reedificou a majestosa Matriz de Nossa Senhora D''Ajuda, um dos construtores do Hospital São Francisco de Assis, construiu os prédios da atual Escola Coração de Jesus e do Ginásio São Luiz, hoje Escola Estadual deputado Teodósio Bandeira, deixando um dos pavilhões prontos ( onde hoje funciona a APAE), Construiu a Vila São Vicente de Paulo, Maternidade Nossa Senhora de Fátima , adquiriu a atual Casa paroquial
e outras obras que muito tem servido ao nosso povo. Faleceu no dia 13 de junho de 1966, viveu para Deus em toda sua plenitude , servindo a ELE e ao próximo. Seu corpo repousa na Matriz de Nossa senhora D'Ajuda , que ele mesmo construiu em
tempo recorde, mas seu nome, sua figura alegre e dinâmica, seu coração trespontano e suas obras ficarão eternamente cravados na pedra da nossa gratidão.
por Prefeitura Municipal de Três Pontas